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Mostrando postagens de 2013

2014

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Página 1 de 365 Sim, o ano está acabando, finalmente, isso não é apenas um sonho como eu achei que fosse. É claro que minha vida não vai mudar de um minuto para outro, mas eu posso me animar pensando no próximo ano. Ou não, talvez tudo piore para mim no instante em que soltarem rojões e gritarem como retardados. Talvez eu morra... Enfim, eu poderia muito bem ter a plena hipocrisia de vir aqui e digitar mil palavras pensadas para agradecer esse ano, mas isso eu não vou fazer. Quem me conhece, ou mesmo os poucos que dão atenção ao blog sabem que esse ano não foi muito bom, para mim. Neste ano, achei eu, que tudo ficaria melhor, quando mudei-me de estado, longe daqueles que dizem me "amar" e coisa e tal, confessando que estava mentindo para mim mesma. Não queria ter deixado os poucos amigos que tinha em São Paulo para trás, cheguei até a pedir aos meus pais que me largassem em um colégio interno qualquer para que eu não precisasse deixar o lugar. Morava com meu irmão-primo,

Minha Estrela

Fazia já um certo tempo que eu não escrevia nem desenhava nada, e isso me destrói. Não ter um lugar para onde escapar é realmente uma tortura, mas nesse último capítulo do livro de 2013 eu tenho estado na vida real, focada na escola e na vida espiritual. Estaria contando uma enorme mentira se eu falasse que isso me faz bem. Não consigo enxergar a minha estrela. Depois de pacientemente ter esperado por alguma solução cabível a minha vida, percebi que estou desaparecendo lentamente. Onde está minha essência ? Tudo isso aconteceu depois que quebrei a minha devoção matinal, e minha respiração parece estar sendo fragmentada em muitas partes que flutuam sozinhas pelo ar.  E eu estou sozinha. Sozinha, não. Eu estou com todos os meus sentimentos me rodeando, tão longe, e mesmo assim me perturbam. É estranho tentar seguir em frente sem ter um objetivo, e enquanto eu fico imobilizada no meu silêncio noturno, quero apenas desistir.  E eu estou sozinha. Eu e tudo pelo que sempre lutei

Talvez seja só tristeza ...

Acordei já me sentindo super-mal, com nenhuma vontade de levantar da cama. Era como se ela estivesse dando ordens para que eu permanecesse e ouvisse uma historinha de terror, aos quais eu obedeci por alguns instantes. Sim, eu me atrasei, pouco menos que vinte minutos. Levantei, por fim, mas minha vontade era deitar ali mesmo no chão. Não era preguiça, era um sentimento muito ruim que me invadiu depois de muito tempo. Quando digo depois de muito tempo, falo sério. Há tempos não me sentia assim, e um pensamento repentino me surgiu : talvez seja só tristeza . E era. Na escola, não conseguia fazer o que deveria de maneira "satisfatória", como sempre faço. Estava trabalhando na feira de ciências, e foi o tema escolhido pelo professor que me deixou, em parte, triste. Claro que não era só isso, mas parcialmente, sim. O tema Saúde nunca é agradável à alguém que não possui, principalmente quando o filtro do tema são os transtornos alimentares, e, para ajudar muito, fiquei com a par

Filosofia Musical - Deixa sua filha sair com nóis

Ei, como você tá ? Fiz um acordo com uma das minhas melhores amigas, Pérola, no qual se baseia a música. Eu passei 10 músicas do meu celular para o dela, e ela 10 músicas do dela para o meu, aquelas que nós queríamos que a outra ouvisse, e depois, no outro dia, desse a opinião. Dentre as 10 músicas que me foram recomendadas, estavam, claro pagode e rap, e lá estava Pollo, com duas músicas, a música vagalumes - confesso que gostei e até a ouço - e a música "deixa sua filha sair com nóis", que é muito engraçada em si. Começa assim : Posso não parecer o cara certo Mas garanto que sou Até aí normal. Diz que não aparenta ser o príncipe que a garota tanto esperou, mas na verdade é. Pra manter ela por perto a levo onde for Ok. Sendo protetor, como um homem de verdade deve ser, mas segundo o que eu sei sobre esse cara, as coisas que ele faz e os lugares que frequenta não são os de um cara decente... E ela vai levar a menina junto, para o mau caminho, claro. Posso estar err

I'm so glad I met You ....

Domingo, 29 Realmente me senti muito feliz, e minha semana começou tão bem .  Minha felicidade se propagou à todos de casa, e todos ríamos feito bobos contando piadinhas sem graça que achávamos graça . Eu havia acordado junto com meu pai, as 06:00, quando ele e minha mãe estavam brigando por qualquer motivo de manhã, e eu ainda assim não conseguia esconder que estava feliz . Foi então que meu pai notou, antes de sair, e me questionou sobre o porquê estava tão idiota logo cedo . "Sonhei com ele" foi a única coisa que consegui dizer, e meu pai me olhou com os maiores olhos do mundo, depois disso, começou a rir de mim, como se dissesse "bem feito, trouxa". Nesse ponto, minha mãe e irmã estavam feito pedras enfadadas de seu sábado cansativo, e eu abri-me com papai . "Gosto tanto dele", disse eu, e cada vez mais eu reparei o quanto meu pai estava se assustando, afinal, esse é o tipo de assunto no qual nunca conversamos . Realmente, como disse meu pai, eu e

O Inventor da Solidão - Paul Auster

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Após a morte de seu pai, Paul sentiu a necessidade de escrever sobre ele, pois para ele era importante que  a essência pessoal de seu genitor estivesse sempre ali, que não fosse junto com sua morte. Seu medo era que as coisas se tornassem monótonas e que todos se esquecessem de seu pai. Sem saber o que dizer, começou contando sobre como seu pai era esquisito, e como  sempre se sentia solitário mesmo que com muitas mulheres ao seu redor. Conversando com alguns primos, foi um choque descobrir que sua avó assassinou seu avô, e que seu pai havia sido traumatizado por isso. A partir daí, começou a busca incessante pelo misterioso passado daquele que o gerou, e que nunca deu uma demonstração de carinho à ele. Paul percebeu que, mesmo que seu pai fosse um cara distante, poderia fazer muita falta, e isso o deixa desesperado, saber que em todos esses anos ele nunca conseguiu fazer com que seu pai olhasse para ele com outros olhos. Para uns esse livro pode ser chato, mas eu realmente gostei,

Confiança ...

Em todo esse tempo, minha existência tem sido solitária, por dentro. Nunca senti que poderia realmente confiar em alguém meus segredos, sentimentos profundos ou qualquer outra coisa,e mesmo minhas amizades não eram 100% perfeitas, como todos pensam. O fato é que eu nunca confiei em ninguém de verdade, para nada, e isso me foi ruim por toda vida. Tinha vontade de chorar e contar tudo o que me acontecia a alguém, qualquer um, mas o meu orgulho não permitia, pois eu acreditava que se contasse a um "amigo" minhas fraquezas essas poderiam ser usadas contra mim, mais tarde. Nunca havia conseguido me apegar a alguém de verdade, apenas exteriormente, mas bem no fundo, eu desconfiava de tudo e de todos. Minha psicóloga dizia que eu precisava confiar mais na minha mãe, mas eu sempre rebatia - e também, nunca me abri totalmente com a "profissional", e ela não descobriu o mistério-Adriane e nem me ajudou, em nada, -tinha um medo paranóico que, de noite, quando eu já estivesse

Estar apaixonado ...

Estava lendo, como de costumeiras tardes de sempre, afinal é isso o que mais gosto de fazer, ler e criar a história na minha cabeça, imaginar cada personagem e incorporá-los em meu coração. Mas naquela tarde, não estava me sentindo normal - bem, normal é um termo bastante relativo, pois quem me conhece sabe que não sou e nem quero ser normal, por que ser normal  significa ser igual, e do jeito como as coisas andam, ser igual parece algo bem imbecil - estava-me sentindo estranha em relação a mim mesma e até ao ambiente em que estou acostumada, o frio intenso, tempo seco e outras coisas que estranhei muito a partir daquela tarde miserável. O que estava acontecendo comigo ? Parei para refletir um pouco sobre tudo o que acontecia havia algum tempo, o quanto eu havia melhorado psicologicamente e emocionalmente, mas tudo isso por quê ? Ignorei esse pensamento por um tempo, e fui estudar, afinal haveria prova de física no dia seguinte.