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Mais uma carta pra você

 Para senhor Fulaninho, porque eu não gostaria que se tornasse óbvio que é sobre você. Mas é claro que você vai ler e saber que é sobre você. Eu te amo com cada pedacinho meu, com toda intensidade que há em mim. Parecem palavras vazias quando as escrevo ou mesmo quando as digo, de saturadas que já estão; todo mundo diz essas coisas o tempo todo, e o fim chega. Mas esse não é o ponto aqui. Você também já me disse essas coisas, e a gente também chegou ao fim, mas, como posso contar isso para o meu coração? É triste como a vida se desenrola, e como desenrolou principalmente pra nós dois. Eu te amei com minha alma desde a nossa primeira conversa. Eu me apaixonei sem perceber, te achei lindo, e isso soa superficial. Mas você era a própria renascença pra mim; lindo, inteligente e muito cortês: eu nunca conheci alguém tão gentil. Eu nunca conheci alguém como você. Todos os outros eram uns idiotas pra mim, não havia quem chegasse aos seus pés em nenhum nível.  Te quis só pra mim.  Te quis infi

sexta-feira, 4 de setembro de 2020 - Brasília

 Tem sido dias difíceis. Em meus 22 anos nunca enfrentei algo tão horrível quanto o que estou lutando contra agora, mas nem sei se estou lutando de verdade. Tudo é pesado: comer é pesado, dormir é pesado, conversar é pesado; tudo me fadiga, e me inutiliza. Sinto-me um peso, todos ao meu redor me carregam tipo uma carga obrigatória, e eu sou uma pessoa difícil de se viver ao lado, difícil de amar, e esse é o motivo pelo qual ninguém permanece na minha vida. Nos meus pensamentos, as pessoas vivem pra sempre, e eu revivo cada lembrança como se fosse uma coisa preciosa que eu preciso guardar. E eu preciso, porque todos foram embora, e só sobrou isso, restamos eu e minha memórias quebradas. Dou muito trabalho e muito desgaste, eles se cansam de mim, e jamais vou tirar-lhes a razão, se até eu gostaria de me fugir às vezes, minha companhia deve ser um porre, difícil de engolir.  Sou um ser humano horrível, o pior que já pisou neste mundo, ou nesse universo. Sempre que estou mal, as pessoa me

Brasília, 14 de setembro de 2020

 Eu fico pensando até as três da manhã, remoendo e mastigando meu passando e meu presente, passando cenas na minha cabeça, e não sou capaz de dormir. Às oito horas já é outro dia - hoje vai ser melhor - é minha promessa há algum tempo, e continuo dia após dia enganando a mim mesma. Ao anoitecer eu repito pra mim que amanhã será melhor, e espero os dias passarem. Me concentro em sobreviver, um dia por vez, sem nenhuma visão do que pode ser o meu futuro ou o que me aguarda na semana que vem, sem nenhum propósito a não ser o de ficar viva, aguentar mais uma semana até que eu tenha que aguentar mais outra semana.  Despejo palavras em todos, numa tentativa frustrada de fazê-los entender como é ser eu, como é sentir-se como me sinto, mas a verdade é que, por mais que minhas palavras pareçam bonitas e às vezes emocionantes, não há quem compreenda a profundidade da água em que mergulhei, e nela eu estou afundando lentamente. Imploro por ajuda, mas não há quem possa escutar meus gritos abafados
23 de julho de 2018, segunda-feira - algum lugar de SP Faz bastante tempo que não escrevo (neste diário). A razão é que viajei para São Paulo e o esqueci na casa de minha mãe, em Curitiba. Então, nos dias em que estive em SP, escrevi no celular e também em um outro caderno que encontrei na casa da minha tia, largado - que, inclusive, está comigo agora. No futuro, quando eu estiver lendo isso, vou me lembrar dessas férias e de como foram boas e felizes, mas tive um contratempo com relação a minha alimentação - na casa da minha tia descuidei da minha saúde, e me arrependo até agora. Que Deus me perdoe desse pecado grave, mas agora estou retornando. Em SP tive muitos momentos de reflexão profunda, que vem acontecendo durantes as últimas semanas e parece estar longe de ter um fim, por causa das madrugadas que passei acordada. Alguns dos meus pensamentos eu escrevi brevemente, apenas para não esquecer, e estão pela internet a fora, outros eu só conversei com Ailson, e só ele sabe por enqu
quarta feira, 18 de julho de 2018  Eu estou confusa, não tem como ser mais verdadeira do que isso. Tenho vivido num intenso processo de tentar me conhecer, estudando minha mente, meus sentimentos, minhas tendências, minhas ações. Eu sei, eu não publico meus textos assiduamente como antes, em 2013 e 2014, mas nunca deixei de escrever. Mas, mais do que isso, nunca deixei de ler. Leio a Bíblia, leio poesia, leio histórias, leio artigos científicos, e leio meus próprios textos. A razão pela qual eu leio o que escrevi no passado, é porque estou tentando entender algumas coisas, e se torna estranho. Eu me leio e sei exatamente o que quero dizer, entendo perfeitamente todas as palavras e decifro com exatidão as emoções, mas não as sinto. As emoções escritas que deixei por aí geram em mim novas emoções, não links para o passado... e nesse momento, tudo que eu mais precisava era de algo que me levasse diretamente para o passado...
O sentimento das Sereias é sempre assim: a terra nos abriga, mas é a água que nos chama. Por isso, toda Sereia guarda dentro de si um calvário, que só se abranda quando finalmente entendemos nossa natureza: somos da terra, somos do mar. Quando estamos na terra, sempre ficamos um pouco tristes; quando estamos no mar, entendemos uma hora que infelizmente precisamos da terra. O importante, então, é nunca perder o mar de vista, é nunca perder a sua ligação com a água, seja doce, salgada ou salobra. São as gotas de água que penetram em nossa pele e nos revigora. São elas que acalmam nosso espírito sempre selvagem como as ondas. Uma Sereia apenas de areia, é uma Sereia sem lar. - Mirella Ferraz
Só queria que você percebesse o quanto tudo está terrível, chovendo a maior tempestade dentro de mim por não ter você perto.  Você nem dá importância, eu sei que você não liga. Mas, pelo menos, você poderia terminar logo, de uma forma decente, e chega de sofrimento... mas não. Você prefere me iludir, e fazer com que eu crie falsas esperanças de que nós vamos voltar a ser o que éramos antes, ou o que você era antes. Por que eu ainda te amo do mesmo jeito. Você gosta dela, eu sei. Vem, fala na minha cara, te desafio.

2015, 23 de Dezembro

Só to escrevendo isso porque eu queria que ele soubesse o quanto gosto dele, e mesmo assim ele não vai saber. Não dá pra explicar, primeiramente, segundo, ele nunca vai ler isso. Ele não gosta de ler, mas, se fosse uma música, ele, com certeza, estaria pronto pra ouvir e decifrar. Na verdade, eu nem gosto dele. Eu amo. Amo intensamente, com todas as letras, com todas as músicas, com todas as flores do jardim do Éden, e cada dia é maior, cada dia é mais forte. Amo sem esperar muito em troca, a não ser a reciprocidade. É tudo o que eu quero dele - quero ele, quero o jeito dele, o sorriso, o olhar, o corpo dele e sua mente... não precisaria nem comentar que o que mais quero é o seu coração e suas batidas, cada uma delas - eu o quero. E quero por inteiro, não aguento mais viver de metades. Sei que ele é lago profundo o suficiente pra eu me jogar de cabeça, corpo, alma e coração, mas mesmo assim fica aquele receio de sofrer de novo tudo o que já passou quando me envolvi com pessoas rasas